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6 de dez. de 2012

Amor proibido...

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Meus olhos, 

de mãos dadas com a paixão,
passeiam por teu corpo,
colhendo formas, 
absorvendo sabores.

Revendo teus lugares de prazer,
sempre tão nossos,
tão arrepios, que só de olhar,
causam fortes gemidos contidos.

Na primeira vez, fomos juntos, 
aos poucos, tendo desvendado, 
de teu corpo, segredos, vontades,
nunca antes despertados.

Lembro como eras dengo puro,
beija-flor, gatinha-mulher.
Que se encolhia e se aninhava,
perdida no novo do prazer,
na esperança pura do novo amor,
rosnando forte, amparada, 
segura por meu peito.

Sei que eras sobrevivente ferida,
com lembranças de uma outra paixão
e que de mim, de nós, muito querias.
e que hoje, a nada se nega.

Mas o passado existe
e não pode ser esquecido.
Eras pertencida em nosso
amor proibido.

E logo a paixão tomou forma de amor.
Nos víamos, no tempo, pouco,
mas no coração, 
jamais estávamos distantes.

E hoje, lembrando de você,
vivendo outra vez teu corpo.
Tenho um novo sentimento,
duro, penoso, doído.

Sinto ciúmes de mim mesmo,
por ter permitido, 
a esse amor,
um tempo curto demais.


Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

Um comentário:

Marcia Pring disse...

Parabéns pelo seu aniversário, poeta...
Onde quer que vc esteja, que Deus cuide sempre muito bem de você...
Saúde, paz e muito amor na sua vida.
Bjs